terça-feira, 17 de setembro de 2013

Saindo com o bebê (Parte 1: Quando sair?)

Nota: Dessa vez eu não vou nem me desculpar, primeiro porque já virou clichê, e segundo porque tive um mês realmente difícil. Além das complicações para postar (ainda sem computador), recentemente perdi o meu avô e não tive muito pique para voltar aqui. Com o tempo me ajudando a digerir, farei um post solene o suficiente para falar de um assunto assim, triste. Por ora, vamos continuar os trabalhos - como ele certamente gostaria que eu o fizesse - e retomar o raciocínio da última postagem.

Depois de descrever para vocês a minha experiência de sair sem o bebê, resolvi que dessa vez deveria falar sobre sair com o bebê. O que é ainda mais difícil, porém, mais prazeroso. Como eu quero escrever muito sobre isso e ninguém vai ter paciência para ler tudo de uma vez (hahaha), vou postar em partes.
Antes de mais nada quero expressar publicamente a minha indignação com algumas mães que sem ao menos refletir sobre o tema, saem batendo perna por aí com bebês recém-nascidos, levando-os para qualquer lugar a qualquer hora. Acho válido declarar aqui que sou a favor de se respeitar o bebê, seu tempo, seu organismo, suas necessidades.
Por isso, nessa primeira parte vou falar de uma regrinha básica que usei com o Enzo. Cada um é cada um, é válido pesquisar sobre o assunto e conversar com o pediatra

Antes de 1 mês:
A regra é ficar em casa, com exceção para ir ao pediatra e tomar vacinas. O bebê é muito sensível a tudo, germes, bactérias, luminosidade... Além do mais, a sua própria casa ainda é um lugar desconhecido para ele, então para quê a exposição a mais coisas desconhecidas? Deixe ele primeiro se acostumar com a casa e com o fato de que veio ao mundo.
Foto: Enzo saindo da maternidade.








De 1 mês à 3 meses:
Pode ir a casa de familiares e amigos, mas com moderação. Apesar de mais "fortinho" o bebê ainda é sensível, então é bom evitar ao máximo lugares com muita gente, muito barulho, e também evitar ficar muito tempo fora de casa em um local que não tenha todo conforto necessário (por exemplo, casa de amigos sem filhos). Ainda tem o fato de que até uns 3 meses os bebês ainda fazem muita bagunça com xixi, cocô, vômito, e gastam muitas trocas de roupa em poucas horas, o que torna mais inviável ficar muito tempo fora de casa.
*No meu caso que não moro com o pai do Enzo foi quando começamos a passar os finais de semana dormindo fora, mas sempre com tudo o que era necessário (berço, roupinhas, fraldas, etc) e também a casa do Caio é 300m de casa qualquer coisa que faltasse era só buscar.
Foto: Casa do Caio com a bisavó.


A partir dos 3 meses:
Aí sim se torna mais fácil para mãe e mais conveniente para o bebê saídas para lugares mais movimentados como restaurantes, shoppings e festas. Óbvio que ainda vale respeitar e conhecer o seu filho (o que vale para toda vida), mas após os 3 meses o sistema imunológico do bebê já está um pouco mais preparado para essas atividades.
Foto: Meu aniversário em um restaurante japonês, a primeira vez que ele saiu, dormiu praticamente todo o tempo.



Outra coisa que eu gostaria de acrescentar, a primeira vez que fui à uma festa com o Enzo (aos 4 meses) dei azar, já havia ido ao restaurante, ao shopping, mas foi em um dia frio e a festa que estava planejada para ocorrer dentro e fora do salão teve que ser apenas dentro. O frio não é o problema e sim a aglomeração de pessoas, em um local abafado, em um período de frio. Resultado? O Enzo pegou uma gripe que me tirou o sono por várias noites, muita tosse, nariz entupido e falta de ar. Agora imaginem a mesma gripe em um bebê de 2 meses? Entendem por que não é legal arriscar? Por isso não concordo quando uma mãe fala que foi ao shopping com um bebê de 22 dias, é correr um risco desnecessário. É importante sempre respeitar o tempo do seu filho! :)



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Saindo sem o bebê

Nota: Odeio chegar aqui tendo que me desculpar por uma nova ausência, ou como comentou a Flávia um segundo chá de sumiço. Infelizmente é tudo o que posso fazer, então vou resumir:
- Meu computador resolveu não ligar mais, e hoje por gentileza do Caio estou usando o notebook dele.
- Minha ajudante, companheira de fé, tia Maria teve apendicite e ficou afastada, sem a ajuda dela durante a manhã ficou difícil usar horas de sono na madrugada para escrever, mas ela já voltou e está recuperada :)
Agora vamos ao que interessa!

Bom, a primeira vez que uma mãe sai sem o seu bebê é como um segundo parto, com a diferença que a separação física é ainda maior e mais desconfortável, além de angustiante. Você passa 9 meses com aquele serzinho na barriga e sente como se ele fizesse parte de você, daí vem o parto e vocês se separam, e agora não são mais um só. Então você se reencontra com aquele pedaço de você, passa a se sentir completa e não quer se separar dele nunca mais. Se ele não estar dentro de você já é estranho, imagina então quando ele está longe?
A primeiríssima vez que saí sem o Enzo foi em uma ocasião de muita tristeza, para ir ao velório de uma amiga muito querida, ele tinha apenas um mês e mamava muito, tive que ir entre uma mamada e outra, e ainda não pude estar presente no enterro. Acontece que uma experiência desconfortável se tornou horrível, nem preciso entrar em detalhes para se conceber a mente de alguém que acabara de se tornar mãe e que foi obrigada a lembrar que as pessoas morrem, inclusive as mais queridas e as mais jovens também. Depois disso foi difícil eu querer sair sem o Enzo, mas numa segunda ocasião fui receber um amigo recém chegado dos EUA numa manhã fria, e naquele cenário da perda recente de uma amiga, o que mais queríamos era nos abraçar, então eu fui, mas não fiquei mais que uma hora. E depois disso, houveram algumas idas de cinco minutos à padaria, à conveniência, aquelas coisas que a gente nem acha que é sair de casa, até ter um bebê.
Eis que, mês passado, eu tive um compromisso super importante: o casamento da minha cunhada. Que além de importante por si só, eu ainda era madrinha. Além de ser um evento longo, seria em outra cidade e a óbvia primeira reação foi "vamos levá-lo". Acontece que duas semanas antes do casamento fomos à um aniversário com ele e provavelmente de lá (não dá para ter certeza), ele saiu resfriado, tossia muito, engasgava, enfim, um sofrimento. Após considerarmos a recente recuperação dele, o frio, o desgaste, resolvemos que ele não iria no casamento e ficaria com a minha mãe em casa. Para isso, passei a semana ordenhando leite para ser oferecido de preferência no copinho (mas na hora do desespero até mamadeira a avó ofereceu), e também para o caso de uma emergência tinha uma lata de leite artificial, pouco usada de quando ele saiu da maternidade. Antes de sair ele mamou e então partimos, a viagem para Rio Preto pareceu mais longa do que de costume, durante a cerimônia não consegui parar de pensar nele, a festa foi ótima e ao mesmo tempo angustiante, e a viagem de volta parecia que nunca ia terminar. Mas tenho que admitir que enquanto a minha "parte mãe" se remoía por dentro, a minha "parte mulher" se divertiu horrores. Tomei 2 goles de vinho lambrusco que amo, e um pouquinho do champagne do brinde aos noivos, comi comida de casamento (incluindo docinhos maravilhos de chocolate) e dancei horrores. Sério, amo dançar e era o que eu mais sentia falta da minha vida "não-mãe", então se teve uma coisa que eu fiz foi dançar.
Aí vão as fotos:
Look da noite! Hahaha

Noivos lindos, e meu sobrinho lindíssimo!

Madrinhas :)

Make feito por mim (hahah pobreza) e cabelo Sandro Hair

Sogrão!

Começando a perder a linha...

Ele simpático de copo na mão, e eu simpática de tanto descer até o chão haahaha

Voltando...
Não foi fácil deixa-lo, foram muitas horas longe do meu bebê e a todo momento eu pensava nele, me preocupava, ligava. Não estou aqui para ser hipócrita, também não sou do tipo que mente, então a verdade é que ele sofreu sim. Ele não gosta de chupeta, nem mesmo de mamadeira (o desespero da avó foi recusado), ele gosta mesmo é do peito da mãe e como diz o popular ele usa de chupeta (ainda faço post sobre isso, não concordo com o termo, prefiro "necessidade de sugar"), e quando ele viu que não tinha o que ele queria (mesmo tendo alimento) ele fez o que ele quase nunca faz, chorou e muito. Mesmo assim, continuava esbanjando seu bom humor com seus famosos sorrisos, a noite até rendeu uma bela foto tirada pela minha mãe.
Bagunçando com a vovó

Quanto a mim, sendo sincera novamente, por um lado eu gostei sim, tive uma sensação de liberdade, pude me acabar de dançar como sempre gostei e há muito não fazia. Se eu faria novamente? Não, é fato que eu me diverti, mas não gosto de ideia de ter sido as custas do sofrimento dele. Por enquanto ele mama exclusivamente, e daqui uns dias vou começar a introdução alimentar, quem sabe como vai ser daqui a uns meses ou até mesmo depois que ele fizer um ano? Provavelmente vai ser mais tranquilo e ainda terei muito tempo para me divertir sem ele, então o que mais quero por enquanto é curtir essa fase de dependência me divertindo com ele.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Meu chá de sumiço!

Diz a "lenda" (e a lenda nesse caso é minha mãe), que não se deve começar um discurso (isso aqui é discurso?) pedindo desculpas, mas então vamos fingir que não comecei pedindo desculpas, afinal comecei explicando que não pode pedir desculpas... Ok, agora eu compliquei tudo! O que quero dizer é que sinto muito pela minha ausência durante o mês de maio. Na verdade, fui ausente em vários aspectos nesse mês de maio, e os fatores são tantos que não caberiam todos aqui. Então vou comentar sobre algumas coisas que eu gostaria de ter postado aqui nesse tempo, e já adianto que algumas delas foram motivo da minha falta com o blog.

A tal da crise dos 3 meses:
Para quem nunca ouviu falar eu vou resumir, para alguns estudiosos é só aos três meses que o bebê deixa de ser um "recém-nascido" e começa a de fato olhar o mundo, descobrir o seu lugar nele. Tem até a teoria da extero-gestação, que defende que nos três primeiros meses os bebês devem ser tratados como se ainda no útero estivessem. Por si só, fazer três meses é um marco, primeiro porque os maiores desenvolvimentos dos bebês são trimestrais (e as maiores crises também) e segundo porque pensando desde a concepção, aos três meses o bebê completa um ano de vida (No sentido biológico, ok? Não vamos nos apegar à legislação ou religião).  Daí então entram vários fatores de descobertas e de desenvolvimento que fazem com que, por volta dos três meses de idade, o bebê entre em crise e com isso mame mais, chore mais, acorde mais durante a noite, fique mais tempo acordado durante o dia, e isso demanda muita atenção e paciência dos pais (e no nosso caso aqui, das avós também). Enfim, não é que a crise existe mesmo? Não só existe como dura em média 15 dias, e aqui rolou legal, ainda mais para o ritmo tão tranquilo do Enzolícia. Ou seja, contribuiu para o meu chá de sumiço.

O meu primeiro dia das mães:
Dia das mães por aqui sempre foi marcante. Quer seja pela antiga tradição de ir ao Restaurante da Elvira em Colina, quer seja pela tradição um pouco mais recente de almoçar no Samaúma, e até mesmo pelo infeliz Dia das mães que minha mãe ficou internada na UTI. Esse ano a única tradição que foi criada foi a de passar esse dia finalmente como estrela principal, porque o resto todo foi muito diferente e por sinal, muito gostoso, com direito a dois presentes que eu nem esperava! E nem preciso falar que agora dou muito mais valor na minha mãe, né? Finalmente entendo o tal do "dia das mães é todo dia" com o peso que essa frase tem! Resumindo o dia foi delícia mesmo, e contribuiu um pouquiiiinho para o minha ausência.

Enzolícia fez 4 meses (07.06.2013):
Só queria mesmo compartilhar o fato, já conhecido de muita gente, que quatro é meu número da sorte. Não que eu acredite muito nessa de sorte, mas é um número com o qual eu simpatizo demais. E realmente é um mês encantador, não tem a crise chatinha dos 3 meses, e tem tanta descoberta, tanta interação. Ele olha para mim mais do que nunca, sorri para todo mundo mais do que nunca, pega as coisas, já faz uma certa bagunça gostosa. É, ele já cresceu e mudou tanto que a gente até se assusta às vezes.

Dia dos namorados:
Olha só, essa data comercial da mídia manipuladora (hahaha) também é uma ótima oportunidade para os papais e as mamães lembrarem que também são namorados, ok? Acho válido o romantismo sempre e não só em datas importantes, mas como toda boa moça criada a base de Cinderela adoro uma "data especial". Para quem não comemorou, ainda dá tempo (eu comemorei ontem), intime o marido-namorado-nãoseiquemévocê e tenha ao menos um momento de romantismo e carinho, garanto que vale a pena :)


Por fim para compensar o grande vazio do blog durante o mês de maio (e REcompensar quem leu esse post gigante), aí vai o vídeo da primeira gargalhada do Enzo, ainda aos 3 meses. A filmagem não está das melhores, mas foi a primeiríssima gargalhada dele e consegui capturar, então créditos pra mim!



Beijos e eu juro que agora voltei! :)


sexta-feira, 3 de maio de 2013

O tal do Quartenium-15

Desde que eu soube sobre esse possível vilão no banho do meu filho, comecei a pesquisar na internet sobre os verdadeiros riscos desse componente. Vamos começar do começo.
Quartenium-15 (dou Ctrl + V toda vez que cito esse nome aqui hahahaha) é um componente químico presente em vários produtos cosméticos para evitar a deterioração e contaminação, ou seja, preservar o produto. Há algum tempo, estudos apontaram que esse componente é um possível liberador de formaldeído, substância conhecida por ser cancerígena, além de frequentemente causar alergias. O que eu mais ouvi sobre o dito cujo é que está presente nos shampoos da marca Johnson's e todo aquele papo "Salvem seus bebês, os mantenham longe da J&J". Oh, santo sensacionalismo!
Vamos aos fatos, pelo que li e pesquisei, não há estudo conclusivo sobre o Q-15 que o relacione com o câncer, além do mais quantas coisas já ouvimos dizer que dá câncer? Em contra partida, vários estudos indicam a ligação entre o Q-15 e o formaldeído, então o prudente é mantermos nossos filhos longe dele, porque no mínimo ele é um alérgeno potente (mas vejam bem, alergias são visíveis e podemos trocar de produto ao menor sinal de uma).
Após todo esse blá-blá-blá, fui dar uma olhada nos produtos que tinha aqui em casa e... Surpresa! O shampoo Johnson's tão criticado não continha Q-15. Parece que a pressão popular para que eles tirassem o componente da fórmula surgiu efeito e nos lotes mais recentes já não se encontra mais o causador de intrigas.

Já no shampoo de camomila da Disney, o Q-15 está presente, mas como era justamente o shampoo que eu já estava usando no Enzo, eu continuei usando.
1º é só um frasco que tinha aqui e já estava aberto mesmo.
2º ele não apresentou nenhuma alergia.
3º não pretendo comprar mais da marca, nem de outra que use esse componente.
Por isso acho que a razoabilidade deve estar sempre presente, afinal, não adianta jogar fora um produto que contém o componente vilão da vez, sendo que diariamente nossos bebês são expostos a tantas outras químicas. Mas por óbvio, também não é preciso continuar comprando um produto que pode, ou não, ser prejudicial.
E se querem uma dica, um produto ótimo é o sabonete líquido da Natura que pode ser usado dos pés à cabeça, tem cheiro ótimo e é livre de Q-15! Foi o primeiro produtinho do Enzo (indicado por uma amiga da minha sogra) ótimo para os primeiros banhos, principalmente porque o fato de ser líquido e ter esse estilo de embalagem ajudam na falta de prática do começo.

No mais, meu conselho é ler muito, estar constantemente se atualizando sobre esses assuntos, e sempre prestar atenção aos rótulos dos produtos antes de comprá-los!

Obs: Todas as imagens nesse post foram retiradas do Google Imagens. 




sexta-feira, 26 de abril de 2013

Enfim 22

Ontem foi meu aniversário, o primeiro de muitos na companhia do Enzo e foi maravilhoso tê-lo ali. Com o passar dos anos os aniversários vão criando outras expectativas, os presentes diminuindo e as comemorações ficam cada vez mais modestas (há exceções, como por exemplo quem comemora 50 anos em grande estilo, mas enfim). Eu não esperava muito de um aniversário de 22 anos, mas eu não contava com o fato de que uma ilustre presença faria toda a diferença. É sério, depois que a gente aprende o que de fato é amor incondicional tudo muda por causa daquele pequeno ser. Obrigada Enzo por ter feito meu dia e todos os meus outros dias mais felizes!
E para ser mais feliz, nada melhor do que comer comida japonesa na presença de pessoas que amo muito (faltou gente!). E ainda ganhar presentinhos!
Aí vão as fotos da comemoração:


ssss












quarta-feira, 24 de abril de 2013

Grávida?!

Antes mesmo de fazer qualquer teste, no meu íntimo, eu sentia que estava grávida. Eu sabia que aqueles seios fartos não eram só TPM, mas eu teimava em acreditar em mim mesma, sabem?
Depois do teste de farmácia que leia-se, quase nunca rola falso positivo, eu ainda insisti em fazer um exame laboratorial  de sangue para ter certeza. Ô Senhor, certeza do quê? Mas ok, no dia seguinte lá fui eu. 
E então, sentadinha ali na sala de espera do Laboratório Suzuki os pensamentos começaram a surgir.

“Se for menina vai chamar Alice, mas se for menino eu não sei o que faço...
 Nunca me imaginei mãe de menino...
Não Carol, para de pensar em nomes você pode realmente nem ser mãe de ninguém...
Quais as chances de falso positivo em teste de farmácia?...
Talvez eu tenha um tumor na placenta, quem sabe...
Opa, tumor na placenta? Eu prefiro estar grávida!...
Grávida. Grávida? GRÁVIDA?!”

- Carolina Gomes de Araújo?

“Picadinha, nem vai doer...
Eu posso já ser mãe e ainda tenho a mania de não olhar pra quando me furam com a agulha, igual eu fazia quando criança...
Nossa! Esse cara é bom mesmo, nada de dor, quase nem ficou marquinha...
Ah ok, para de espiar a picada e fica segurando o curativo, nada de usar bolsa desse lado ou carregar peso...
O que vou dizer se alguém no estágio vir esse curativo?”

“Positivo, positivo, positivo...
Grávida, grávida, grávida...
Quanto mais se repete uma palavra mais estranha ela fica, estranha, estranha, estranha...
Vou chamar uma ambulância, devo estar ficando louca, louca, louca...
Será que são os hormônios?
Não, quer saber? Sem ambulância e sem colocar a culpa nos hormônios, eu sempre quis ter filho mesmo, aconteceu antes do tempo e daí? Tem um serzinho crescendo dentro de mim agora e se eu pirar não vou aproveitar o quanto tudo isso é mágico!”

E a cena que mais descreve o sentimento de descobrir uma gravidez inesperada é:
 Caio e eu deitados, abraçados, no sofá da casa dele entre lágrimas e promessas, felizes e também com medo, sabendo que um estaria ali pro outro em nome de um amor maior.

"Você é a melhor mãe que meu filho poderia ter"

Não esqueço nunca mais dessas palavras, porque tento todos os dias provar que ele estava certo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desde o começo

Dezembro, 2010.

Prof.ª Olga diz:
- Carol, eram 3 vagas para o estágio e você ficou em 4º. Não vai dar para estagiar no fórum, mas tem uma vaga disponível no Núcleo Jurídico da faculdade, posso tentar te encaixar. Você tem interesse?


03 de Janeiro, 2011.

 -Você que é o Robertinho?
- Hahaha. Robertinho? Sou eu sim, por que?
- A Prof.ª Olga pediu pra eu te procurar, eu sou a Carol estagiária nova.

Comecei a trabalhar na recepção no Núcleo Jurídico da Unifeb.


Dias depois, ainda janeiro, 2011.

- Carol, esse é o Caio, ele é estagiário do Anexo do Juizado Especial Cível que funciona aqui no Núcleo. Ele tava de férias.

Caio então passa apressado (atrasado, na verdade) pela recepção com sua mochila marrom e seus fones de ouvido, e dá uma simpática abanada de mão e um sorriso tímido. Mal sabia eu que aquela cena que se tornaria corriqueira, seria então, o momento mais esperado do meu dia.
                       Caio e eu no estágio


17 de Junho, 2011.

Vieram as conversas, vieram os términos de namoro (do meu e do dele), os conselhos e depois dos conselhos as paqueras – que ele gosta de chamar “interação”.  E então após alguns desencontros e outros encontros muito rápidos.
- Caio você viu esse evento no face?
- Vi sim, você vai nessa festa aí?
- Acho que sim e você?
- Hum... Acho que sim.

...

- Eita menina, por que você demorou tanto eu tava só te esperando
- Ah para de ser besta. Hahaha
- É sim, dança comigo.
E surgiu então o primeiro beijo de muitos beijos descompromissados.


26 de Fevereiro, 2012.

Estávamos trabalhando juntos, no mesmo setor (Juizado) e todo mundo sabia da gente – desde o primeiro beijo. Sempre muito parceiros no trabalho, se ajudando com os processos e discutindo relação na cozinha! Hahaha
E após muitos status brincalhões de Facebook como “amizade colorida” e “relacionamento aberto”, que realmente expressavam o nosso rolo eterno. Finalmente veio o “relacionamento sério” e com ele muita coisa ia mudar e a gente nem sabia.


03 de Julho, 2012.

- Comprei o teste.
- Já fez?
- Ainda não ué, comprei no caminho.
- Faz logo então
- Aqui no estágio? Tá doido?
- É, faz pra gente já saber!

...

Ele atendendo, passo por ele ligeira e vou pra minha sala. Minutos depois ele vem e diz “E então?”. Olhei pra ele, fiquei em silêncio e esperei o silêncio dizer tudo.

...

- Mãe eu fiz o teste.
- Eaí?
- Tô grávida.

...

- Pai tenho uma coisa pra te falar.
- O que foi?
- Entra.
- O que foi?
- Senta.
- Você ta grávida?


06 de Julho, 2012
A notícia já estava tão assustadoramente espalhada que mesmo querendo a princípio guardar segredo por um tempo até conseguir absorver a notícia, me vi obrigada a torna-la pública no Facebook. A publicação rendeu 182 curtições e 88 comentários.

E então era isso, era real, estava acontecendo. E eu estava desesperada.